Sorrir para sentir leveza

O poder transformador da alegria

A Alegria é muito mais do que um estado anímico, muito mais do que um breve momento de felicidade que rapidamente se desvanece.

Alegria é cura e transformação. É uma energia transmutadora de energias mais densas para energias benevolentes e compassivas.

Quando estamos doentes, em stress, sobrecarregados de problemas no trabalho, momentos difíceis no seio familiar ou desapontados connosco próprios por algum motivo, vamos experimentar fazer algo que nos faça rir e nos dê alegria. Ver uma comédia do nosso agrado, ir com amigos a um local aprazível e ter uma conversa agradável e engraçada, dar um passeio na natureza ou praticar uma atividade física, brincar com uma criança e como uma criança ou com um animal. Faça qualquer coisa, desde que lhe faça sentir alegria.

Ao retornar ao problema, certamente este será olhado de uma maneira diferente, mais leve, não tão dramático e possivelmente até vamos encontrar uma solução que ainda não tínhamos percecionado. Com algum trabalho, poderá até nem encontrar problema algum, apenas algo passageiro que já não causa qualquer transtorno. Claro que isto não irá acontecer de um momento para o outro. Tudo precisa de ser trabalhado, interiorizado, aceite, entendido, transmutado, e isso leva tempo.

Sorrir para alcançar

A maioria das vezes, o ser humano não aprende pelo amor, mas sim pela dor. É assim a nossa forma de ser, é assim que evoluímos. As nossas lições são dolorosas pois, caso contrário, não aprenderíamos. Tudo leva o seu tempo. Uma doença prolongada não desaparece com umas gargalhadas, nem uma sutura de uma operação cicatriza de um dia para o outro, mas certamente que gargalhadas sinceras e genuínas vão ajudar a curar e transmutar a energia que causou a doença física, ajudando o corpo a regenerar as suas células e acelerando a cicatrização.

“Com amor, dedicação, empenho e alegria, a saúde vai regressar ao corpo físico, pois o sorriso é o melhor dos medicamentos, a mais eficaz das essências de cura, juntamente com a firme intenção de a alcançar.”

A alegria, a felicidade, a satisfação, o sorriso são uma mensagem clara que damos às nossas células de que queremos ardentemente a cura. É difícil? Claro que, ao início, é bastante desafiante. Quando temos o coração carregado de tristeza, preocupações e dor, tudo parece impossível de acontecer, mas com força e perseverança tudo é possível. Precisamos apenas de arregaçar as mangas e começar a trabalhar, aliás, a sorrir.

Aprender com os mais novos

É a alegria que nos momentos mais desafiantes nos leva a mudar o foco e a colocar o pensamento num lugar diferente que não a dor, o medo, a tristeza ou o sofrimento. Ao mudarmos esse foco, estaremos a criar espaço para nos desapegarmos desses sentimentos mais densos que nos consomem num ciclo vicioso e muitas vezes sem fim. Com empenho, paulatinamente, conseguimos ir buscar cada vez mais momentos prazerosos que nos fazem sentir bem no lugar onde estamos. É um treino para a mente e para o corpo.

De início, até pode não fazer muito sentido. Porque é que haveríamos de ficar alegres, se a nossa mente quer que fiquemos tristes, enviando-nos constantemente pensamentos de tristeza, vazios de amor e assustadores? Porque isso vai ajudar-nos a sair daquele lugar onde não queremos estar. Estamos tão tristes e com medo que não queremos sequer mexer-nos com receio de piorar ainda mais as coisas. Nesta fase, temos de ser nós próprios os heróis corajosos. Temos de lutar contra a nossa mente e não permitir que ela nos domine. Pensar em algo bom, alegre, prazeroso, divertido e simples, pois a simplicidade é a perfeição.

“Aos poucos, começamos a sentir-nos bem naqueles breves momentos de alegria e satisfação. A paz aparece, a calma quer instalar-se e a alegria traz consigo o amor.”

Nesta fase, já começamos a querer libertar-nos da tristeza, do medo, da raiva e de tudo aquilo que nos deixava vazios, pois percebemos que, uma vez alegres, somos mais nós, mais amorosamente alegres e completos. A mente deixa de nos controlar, de controlar os nossos sentimentos e a nossa vida. Somos nós e o nosso Ser quem está no controlo. O espaço para a alegria aumenta e torna-se, muitas vezes, viciante. O nosso corpo pede mais alegria. Perguntem a uma criança, ou observem-na simplesmente. Vejam se ela não passa a maior parte do seu tempo alegre. Mesmo nos momentos mais difíceis, ela procura sempre um momento para emanar alegria, para se divertir.

A criança sabe de forma inata que a alegria vai curá-la. Sabe que é bom para si estar alegre e bem-disposta. Acredite, as crianças possuem uma sabedoria genuína, vem com elas. Ainda não perderam muito do que trouxeram do outro lado, porque os adultos ainda não tiveram tempo de lho tirar. Não tiveram tempo de lhes mostrar toda a maldade e medo que consigo carregam. São as crianças que mais nos têm a ensinar, e não nós a elas.

Acredite e seja alegria, porque assim é.

Com Amor,

David